terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Pede

Sentado no sofá, estava eu, na madrugada em claro, pensando em mil maneiras de te pedir perdão.

Perdão pela maneira rude e insensível que às vezes o sono faz com que eu te trate nas madrugadas, pelas noites mal dormidas acalentadas pelo barulho da chuva, que desta vez não embalava o nosso amor.

Perdão pelas grosserias, pela falta de açúcar, pela sobra de sal. Pelo seu leito bagunçado, pelo lençol amassado, pelo coração machucado.

Perdão pela falta de atenção, de sentimento, de carinho, de afeto, de alegria, de amor, de vida, de vontade, de esperança, de coragem, de perspicácia, de calor, de frio, de chuva.

Peço-te perdão, sem saber se assim você o fará, mas carrego comigo a força da mudança, a vontade de não querer-te ver longe dos meus braços, dos meus abraços, que são sinceros, que são verdadeiros e por isso mudo a cada dia, mudo a cada hora, a cada minuto, na ânsia de manter-te ao meu lado, de fazer com que não deixes de me amar.

O menino com hábitos esquisitos e de roupas estranhas, com a barba irritada, do cabelo de moicano, que ainda usa all star, aquele azul, que tu me destes, cresce a cada dia, cresce ainda mais a cada noite, quando não dorme em seus braços, e percebe o quanto é importante te ter, estar com você, ser seu, ele cresce e por mais difícil que te seja, ele pede paciência, pede ajuda, pede seu amor, pede.

Um comentário:

  1. Amei cada frase sua.Seu blog me inspira a escrever a cada vez q releio seus textos.TUDO DE BOM...Bjs.

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