sábado, 18 de dezembro de 2010

Sem você

A comida sem gosto,
O leite talhado,
A sujeira na porta de entrada,
A estante empoeirada,
Tudo fica assim sem você.

O suco amargo,
O prato quebrado,
A casa sem cheiro,
Sem vida, sem graça.

Os livros ali choram sua falta;
Os CD’s sem radio clamam sua volta;
Eles querem cantar e ler o nosso amor,
Querem embalar suas tardes de novo,
Querem brincar com o nosso destino,
Querem ouvir sua voz suave,
Querem observar sua retina atentamente.

Eu, a cama, o guarda roupa, as caixas, os livros, as roupas, o cobertor, o travesseiro, o lençol, a geladeira, o fogão, o microondas, as compras no armário, o sofá, o rádio, a televisão, o DVD, a banqueta, a lata de cigarros, estão esperando, ansiosos, de braços abertos, de mãos atadas, que você volte logo, que seja breve, para que possamos te abraçar, num abraço terno, cheio de afeto, cheio de amor.




"Ninguém sabia e ninguém viu,
que eu estava a teu lado então;
Sou fera, sou bicho, sou anjo e sou mulher.
Sou minha mãe e minha filha;
Minha irmã, minha menina.
Mas sou minha,
só minha,
e não de quem quiser;
Sou Deus,
tua Deusa, meu amor.


(1º de Julho - Renato Russo)"

Nenhum comentário:

Postar um comentário